segunda-feira, janeiro 25

Mais estripulias do Rodri



De uns tempos pra cá, mais precisamente depois de fazer um ano, (e isso quer dizer há menos de um mês) o Rodrigo resolver ter mais intimidade com as palavras e com os gestos. Neste sábado, aprendeu a dizer "oi" com a Dinda Xandra. E aprendeu tão bem que estamos pensando em mandar um vídeo para aproveitarem no comercial da operadora telefônica :o)

Domingo aprendeu a jogar veijo com a mão e descobriu o que é abraçar! De pé, ele abraça passando os bracinhos em volta dos joelhos o que é uma graça. E eu acho muito bonitinho de se ver! Mas ele só faz quando tem vontade, senão nem adianta pedir. O que eu acho muito justo e até prefiro que seja assim.

Também aprendeu a pronunciar o primeiro nome de cor: verde. (tá que é uma pequena variação de Eddie na pronúncia, mas aos pouquinhos... sempre é preciso uma dose de boa vontade nesse quesito)

Além disso, o tema barulho de animais ganhou mais um verbete. E o mais novo é o do sapo por conta do poço e do brejo nos fundos lá de casa. Ele faz o lamento do sapo jururu mais lindo que eu já presenciei.

Mas ainda se atrapalha com alguns sons. Tipo mama pode ser pra me chamar, pra dizer comida e ainda ele faz pra chamar a atenção dos outros quando quer muito algo ou que o notem. Daí meu constrangimento dia desses em frente de casa quando passa uma moça e ele olha, sorri e grita "mama". Ainda bem que ela se limitou a olhar e seguir. Deve ter ficado pensando que foi confundida com a mãe (detalhe: ela não tinha nada a ver com a mãe dele).

Outros momentos em que dá vontade de ser avestruz é quando ele, muito simpático, começa a rir perto de alguém desconhecido esperando que a pessoa ria também. Claro que a técnica dele às vezes funciona, mas tudo depende da pessoa e do lugar. E isso ele ainda vai descobrir. Ainda, quando alguém ri perto ele também imita a pessoa.

Ah, e ele também não recusa comida nenhuma. O que, na casa dos outros, para a vergonha dos pais, passa a impressão de que não recebe uma refeição há dias, quiçá meses. Pode ter recém almoçado sempre há um espacinho pra um pestisco como uma provinha da comida de alguém. E faz uma cara de pidão que mereceria um Oscar, sem dúvida.

Fora isso, ele é uma criança serena, que ama bolas, cavalos e motos e adora estar junto com outras crianças. Isso às vezes também causa alguns constrangimentos. Tipo quando ele está na rua e pega uma criança já maiorzinha (que nem eu, nem ele nunca vimos antes) pela mão e quer entrar na casa da criança ou levá-la a passeio.

O lado bom é que todos, por sorte, até hoje, sempre entenderam e levaram numa boa.

sexta-feira, janeiro 8

Tombo

Eu que me gabava de nunca ter deixado o Rodrigo cair, ontem perdi mais isso. Ele caiu num tombo muuuito bobo. Resultado de uma soncronia perfeita em largar da minha mão, querer subir a rampa da garagem e tropeçar nos próprios pés.

Caiu de bruços. E ficou uns 15 segundos chorando. Nesse meio tempo tentei acalmá-lo, colocar no colo e consolá-lo, e nada. Quando vem o Júlio pega ele e sai pra distraí-lo rumo ao banheiro, local que ele adora e... passou.

Por sorte ele não teve nenhum arranhão. Mas mesmo assim me senti péssima, fiz a bobagem e nem pra consertar servi.

lição do dia: distração é tudo

Aliás, distração é a lei para que eles comam, para que eles deixem de pegar algo proibido e perigoso sem escândalo e agora para que eles parem de chorar.

Sonho de hoje: cortar grama

Ontem, tava caminhando de manhãzinha com o Rodrigo na pracinha em frente de casa onde tinha um funcionário da Prefeitura cortando a grama. Ele achou simplesmente o máximo aquilo. Tanto que não queria sair de perto do homem. Realmente o perseguia, aonde ele ia com o cortador de grama ia atrás, e eu junto. Até que o homem parou para descansar e convidou o Rodrigo a fazer de conta que empurrava a máquina. Ele achou tuso muito legal, inclusive porque o homem tinha uma bicicleta.

Mas o melhor veio à tardinha! Chegamos em casa e o Júlio resolve cortar a grama da frente de casa. Nesse momento o Rodrigo vai ao delírio! Hoje de manhã o ídolo era um desconhecido, mas agora o pai dele tem um cortador de grama!

Nem preciso dizer que a cena se repetiu e ele quis demosntrar com muuuuuuuito mais clareza a sua vontade em ajudar a cortar grama. Resultado ele queria muito empurrar a máquina e quando o Júlio deixou ele não parava de olhar pra ele pra conferir se estava certo e demonstrar como estava faceiro com o momento.

De fato ele estava re-a-li-za-do! Só quis ficar na volta, isso que em outras vezes nem bola deu para o tal cortador, mas ontem foi a realização quase que imediata de um desejo.

Piratas!

A babá do Rodrigo encontrou na leitura uma forma de divertimento e distração enquanto cuida o sono dele. Às vezes são 40 minutos, uma, duas horas.

Eu mesma aproveito muito esse tempinho pra colocar em dia a leitura, garantia de concentração total.

Desde o início a gente incentiva colocando à disposição a biblioteca lá de casa. Essa por sinal tem de tudo um pouco. Livros de Direito, de algumas das cadeiras que fiz em Jornalismo, alguns de colégio, alguns infantis, muitos de literatura, outros que simplesmente ganhamos, e alguns que sequer lemos.

Antes eu indicava. Deixava uma pilha de uns cinco livros que estava lendo ou queria ler em cima da mesa de centro e ela dava uma olhada, pegava um ou outro. Ultimamente ela tem ido direto na fonte. E eu sempre cuido o que é, de curiosa que sou. Começou com clássicos como Machado de Assis, José de Alencar, passou a crônicas de Luis F. Verissimo, José Saramago e até um bem técnico sobre lições e idéias para o futuro do Turismo (esse eu ganhei quando era bolsista do meu orientador e nunca li, fiquei realmente impressionada, o que a levou a querer ler?).

Eis que nesta última semana ela começa o livro "Piratas: uma história geral dos roubos e crimes" (!)

Tomara que o próximo não seja o que está ao lado na estante: "Serial Killer: louco ou cruel?"

Armários

Essa é anova paixão do Rodrigo.
Abrir, tirar tudo de dentro, colocar algumas coisas de volta. Chacoalhar pra ver se faz barulho (daí ele abre um sorrisão), sentir se tem cheiro e às vezes até botar na boca pra ver o gosto (se for muito atraente o item anterior).

Nem sempre a gente deixa, mas às vezes é inevitável. Uma, duas, dez... Até que enjoa.

Incrível pensar que tudo isso logo passa.

De repente nem dure uma semana.

Aos poucos a gente aprende que quase tudo em bebês são efêmeros.

E só isso já dá saudade.