terça-feira, julho 8

Eu namoro um anjinho de barro

Há uns dois anos eu namoro um anjinho de barro. Ele fica numa loja há poucos metros da Prefeitura e seguido eu passo pela frente da vitrine. Em geral, ele fica exposto bem na frente junto com os outros enfeites... Mas, às vezes a dona da loja tira ele de lá. É quase uma obsessão achar o anjinho enquanto passo pela frente, saber se não foi vendido, se segue lá, mais pro fundo da loja em uma prateleira ou mesa. E ele sempre está.
Logo no início, quando o vi, comentei pra uma colega de trabalho e como era próximo do meu aniversário ela pensou em me dar de presente. Mas eles querem demais pelo anjinho. R$ 100,00. Aí ela me deu um outro anjinho da mesma loja, mas mais barato. Mas não era nem parecido com o outro.
Pensei em falar pra dona da loja sobre a situação, de que se há tanto tempo não vendeu que coloque-o em promoção. Do tipo queima de estoque. 50% de desconto, aí eu o levaria pra casa. Mas, mudei de idéia, um anjinho assim deve ter o seu preço e não entra em liquidação. Não se liquidam anjinhos como se fossem peças de roupa da estação passada.
Sei que essa situação platônica vai seguir até que alguém compre o anjinho e o leve embora dali, ou que, sem querer, esbarrem nele e daí ele quebre. Não desejo nenhuma das duas coisas, mas são finais possíveis. De outra forma, sigo com o namoro.

2

  • Bah! Namorar anjo de barro? Em Bagé, pendurar-te-iam o corpo num poste por isso. Em Pelotas, dar-te-iam a chave da cidade. Questão de ponto de vista. Um abraço, Gabi. Continua nessas viagens que daí eu me acho normal e saudável.

    Por Blogger Moacir Zandonaias8/7/08 12:49  

  • Que meigo, Gabi! Acho que tu tens que levar esse anjinho para casa, senão fica parecendo namoro escondido.
    Beijo

    Por Anonymous Anônimoas8/7/08 23:51  

Postar um comentário

<< Home