quinta-feira, novembro 8

Vida no lixo

Essas coisas de ter uma casa são engraçadas porque tu te obriga a tomar decisões e achar um jeito teu de resolver as coisas. Nem sempre é o melhor, mas naquele momento é o que parecia certo. Como quando a gente escolheu um lugar para morar e achou uma vertente de água e tivemos que gastar mais fazendo um poço, ou porque nossa casa é de esquina e temos em conseqüência que fazer um muro maior e mais calçada. Na verdade tudo tem uma compensação hoje temos água sem cloro pras plantas e uma vista ótima da janela de casa que dá pra pracinha.
Lá em casa, separamos o lixo. Seco e o orgânico em duas lixeiras uma com o que pode ser enterrado no jardim e outro com o que não pode. Com isso, o Júlio e eu produzimos só uma sacola de supermercado por semana do que não tem como ser aproveitado. É muito ainda, mas já é um início. O mais engraçado é que ao enterrar as cascas, sementes e restos de vegetais começaram a nascer mudinhas no jardim. Já temos feijão, bergamota e cebolinha.
Aí comecei a pensar: já imaginou quanta árvore e quanta produção agrícola potencial tem em um lixão?