sexta-feira, novembro 28

A diferença entre o possível e o impossível está na vontade humana.
(LOUIS PASTEUR)

sexta-feira, novembro 21

Cachorrada

Perto de casa tem um cachorro.
Bom, na verdade são vários, mas quero comentar sobre um em especial. Na verdade, dois.
Um deles, um cachorro laranja peludo que tem entre seus antepassados um chow-chow, não pode ver o Eddie ou qualquer pessoa que se larga para os fundos da casa como que fugindo, meio por vergonha quem sabe. Ele não late. Não fica parado no lugar. Simplesmente, se está deitado se levanta e se retira. Atitude suspeita eu diria.

O segundo, um vira-latas preto, é mais problemático, psicopata mesmo, frio e calculista.
Ele fica bem próximo ao portão de grade da garagem, que fica na calçada, quieto, deitado ou às vezes até sentado. Mas de um ângulo em que não pode ser visto por quem passa nem de um lado, nem de outro da calçada. E ele espera que a pessoa esteja em frente ao portão pra começar a latir, bem bravo e bem alto. Não tem quem não se assuste! E ele sabe disso.

E o pior, eu, mesmo sabendo que o cachorro vai latir e vai estar escondido, seguidamente passo distraída e me assusto.

quarta-feira, novembro 19

A Arte de Educar


Quando a gente abre os olhos, abrem-se as janelas do corpo e o mundo aparece refletido dentro da gente.
São as crianças que, sem falar, nos ensinam as razões para viver. Elas não têm saberes a transmitir. No entanto, elas sabem o essencial da vida.
Quem não muda sua maneira adulta de ver e sentir e não se torna como criança jamais será sábio.

Os conhecimentos nos dão meios para viver. A sabedoria nos dá razões para viver.
Quero ensinar as crianças. Elas ainda têm olhos encantados. Seus olhos são dotados daquela qualidade que, para os gregos, era o início do pensamento… a capacidade de se assombrar diante do banal.Para as crianças, tudo é espantoso: um ovo, uma minhoca, uma concha de caramujo, o vôo dos urubus, os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu, um pião na terra. Coisas que os eruditos não vêem.


Rubem Alves

segunda-feira, novembro 10

Desde pequena a Mariana, minha afilhada, adora desenhar. E eu sempre estimulo, procuro ajudar desenhando pra ela pintar depois ou propondo uns desenhos diferentes. No Dia das Crianças o Júlio e eu fizemos um kit com giz de cera, lápis de cor, bloco, massinha de modelar e tinta têmpera. Ah, ela ficou toda faceira com o presente.
Agora, o bloco tá quase pela metade, tava olhando outro dia. Cheio de bonecos, fadas, princesas e bichos e um monte de coisas. Desenhos da mãe, do pai, meu, tem até da minha irmã uma vez que ela tava aqui e das amiguinhas que ela pede pra eles fazerem.
O complicado são os pedidos dela. "Hmmm, desenha pra mim eu, a Carol (a amiguinha dela), o Júlio, o Dupi (cachorro), o Mickey (o gato), o pai, a mãe, a piscina e o jardim e..." Eu juro que me esforço, o bom é que ela sempre acha tudo lindo :o)